sábado, 29 de dezembro de 2007

Tortura


Tenho a alma desfeita... o que dela restava.
Quando chegará o meu momento...

Sou torturada pelo tempo, por um tempo que não passa. Sinto que vivo há uma eternidade e, estou já tão mas tão cansada de respirar.

Já não estou... Aqui, apenas está um corpo que aguarda que o tempo o desgaste até já não mais se mover.

Esta espera é dilacerante _ a tortura...

sábado, 8 de dezembro de 2007

Fim...


À medida que os sonhos vão morrendo, vou ficando mais tranquila.

Quando já não restarem sonhos terei encontrado a paz.


A doce serenidade trazida pelo fim...



sábado, 1 de dezembro de 2007

Morte do sonho


É preferível viver no vazio sem nada esperar, do que viver de ilusões preenchidas de nada...

Já não há paciência para sonhar...

Quando os sonhos começam a doer, o melhor é tomar uma aspirina e tapar a cabeça.

sábado, 24 de novembro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Estou?...


A nuance entre o Ser e o Não Ser é muito ténue.
Por vezes não consigo destinguir de que lado estou,
se é que estou...

domingo, 28 de outubro de 2007

Esperar o fim


Já não consigo pensar com coerência. Os pensamentos flutuam soltos em pedaços, sem nexo na minha cabeça.
Já não tenho controlo sobre eles.
O raciocínio foge-me por entre neurónios já gastos, dissolvido numa massa cinzenta já liquefeita.
O corpo, flácido, fraco e dorido.
Entrei em decomposição ainda em vida. É uma estranha sensação. Uma angústia profunda.
Resta-me esperar que tudo termine antes de sentir o cheiro putrefacto do meu ser...

Espero-te...




O sufoco da ausência, o silêncio ensurdecedor da espera, o imaginar-te…
Não te recordo os contornos, antes a subtil nuance do teu Ser… Aguardo-o, como os desesperados aguardam sinais de esperança, mesmo quando vida já não resta.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Agarra-me...


Com o teu abandono, abandono-me.

Sem o teu sorriso o meu não se desenha.

Sem o teu brilho apago-me.

Sem o teu Ser não existo...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

I Would do Anything for Love




...Maybe I'm lonely, that's all I'm qualified to be...
Meat Loaf

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Tisana 461

"A renúncia, o desapego das coisas. O amor ama as coisas difíceis, por isso quem ama vive num permanente estado de impaciência. Ameaçado pela perda, sente-se aos poucos apagado. Mas o que não podemos ter fica connosco para sempre."

Ana Hatherly

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Momento


Sentir-te apenas,
Sentir-te simplesmente, no teu todo,
num efémero momento...
Nada mais importa,
o amanhã não existe...
Apenas o momento,
aquele em que nos damos,
em que todo o ser se envolve
e nada mais...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

The Cold Song



...let me... let me...
Klaus Nomi

Azul


Azul é a cor da beleza,
da simplicidade,
é a cor do segredo,
a cor do Amor,
da poesia,
a cor do sentir,
da esperança daqueles que já nada esperam,
a cor da porta que nunca se abriu...

Nada


Nada fáz sentido, NADA NADA NADA NADA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Falling again



Lacuna Coil

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sem sentido


Este vazio sem eco sufoca-me. Não consigo gritar.
Estou cansada, muito cansada.
Não quero mais...

O despertador toca de manhã. Arrasto-me da cama. A vontade era já a de dormir para sempre.
Sem forças tomo um banho e digo até logo ao gato.
Pico o ponto. Tento trabalhar o máximo que é cada vez mais o mínimo. Sorrio aos colegas, clientes e amigos. Pico o ponto. Regresso a casa. A farsa termina.
Amanhã é mais um dia sem sentido.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Adeus


Só o teu chamamento me fáz sentir viva.
Por favor não chames por mim...

Só o teu sorriso me fáz sentir feliz.
Por favor guarda-o para outros...

Só o teu olhar me fáz sentir a paz.
Por favor não olhes os meus olhos...

Só na tua presença sinto o sangue correr-me nas veias.
Por favor ausenta-te para sempre...

Vou fazer silêncio

"Vou fazer silêncio. Para escrever. Para ouvir o murmurar do que se passa. Vou até lá fora apanhar o sol que não entra no meu peito. Vou. Que a realidade externa é mais fácil que a minha. Que sou um turbilhão. Que não me contenho nas lágrimas pelos outros vertidas. Que sou um fragmento, um instante, um perfeito desalinho do tempo. Uma farpa que se entranhou na carne e que carrego fundo. Sempre mais fundo. Onde não sinto as dores. Não sinto sequer o nada. Onde o silêncio murmura ao ouvido os instantes que busco em correrias do devir."
Anais Nin

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ajuda-me...



Estou a morrer. Ajuda-me a morrer tranquilamente.
Basta que por vezes me ofereças um poema. Outras um abraço profundo no silêncio.
Assim, o desenrolar do fim será tranquilo.





O Cumprimento, Gustav Klimt

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Bring me to Life



How can you see into my eyes like open doors
leading you down into my core
where I’ve become so numb without a soul my spirit sleeping somewhere cold
until you find it there and lead it back home
(Wake me up)
Wake me up inside
(I can’t wake up)
Wake me up inside
(Save me)
call my name and save me from the dark
(Wake me up)
bid my blood to run
(I can’t wake up)
before I come undone
(Save me)
save me from the nothing I’ve become
now that I know what I’m without
you can't just leave me
breathe into me and make me real
bring me to life
(Wake me up)
Wake me up inside
(I can’t wake up)
Wake me up inside
(Save me)
call my name and save me from the dark
(Wake me up)
bid my blood to run
(I can’t wake up)
before I come undone
(Save me)
save me from the nothing I’ve become
Bring me to life
(I've been living a lie, there's nothing inside)
Bring me to life
frozen inside without your touch without your love darling only you are the life among the dead
all this time I can't believe I couldn't see
kept in the dark but you were there in front of meI
I’ve been sleeping a thousand years it seems
got to open my eyes to everything
without a thought without a voice without a soul
don't let me die here
there must be something more
bring me to life
(Wake me up)
Wake me up inside
(I can’t wake up)
Wake me up inside
(Save me)
call my name and save me from the dark
(Wake me up)
bid my blood to run
(I can’t wake up)
before I come undone
(Save me)
save me from the nothing I’ve become
(Bring me to life)
I’ve been living a lie, there’s nothing inside
(Bring me to life)
Evanescence

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Para Ti


Amor que partiste... sei que estás por perto e o meu coração será para sempre o teu lar... Mas partiste e eu fiquei... fiquei e ando perdida... Estou cansada, tenho de encontar-me novamente... se fiquei tenho de sonhar, não basta respirar... Tenho de prosseguir enquanto não chegar o momento da minha partida...
Perdoa-me meu Amor... Perdoa-me... Ajuda-me e perdoa-me...

Tisana 431

"O vazio, o cavo. A obscura experiência. Amarrar-se num nó. Violentar o que está parado, o que ainda não é. O som materializa a letra, empresta-lhe uma voz - mas é uma matéria que se dissipa. Algo nos chama mudamente. Mas de onde? Vou cair. Inclina-te a mim."
Ana Hatherly

Tisana 435

"O património das coisas. Ter o quê? Um árduo percurso obriga-nos a deitar fora o que é desnecessário. Quando tudo escurece nada mais interessa. E vamos embora sem pedir licença."
Ana Hatherly

Tisana 429

"Estou num estado de espírito apocalíptico. É a revelação de uma vontade subterrânea, de uma força primitiva, selvagem.
É o interior de amar. ... É a violência da esperança sem esperança, da servidão humana que estrangula. Ah, deixa que eu chore, mesmo que seja só operaticamente. Amar é um Carnaval da vida."
Ana Hatherly

terça-feira, 31 de julho de 2007

Desistir - NÃO


Por momentos, de cansaço, deixo cair os braços mas sem nunca largar a espada.
Desespero, mas ergo-a de novo e volto à batalha.
Morrerei com ela na mão.


domingo, 29 de julho de 2007

The Lake



Antony and The Johnsons

sábado, 28 de julho de 2007

Desistir


A dor do beijo

Morri-me no teu beijo e de lá não mais voltarei...
Valeu a pena tudo, tudo por um só beijo.
Ter-te-ia dado a minha vida mas, vi que ela era apenas aquele beijo que aguardava beijar e ser beijado e, nada mais...

Os teus beijos doem-me...

Inêxistir, para quando?


Vou entregar-me ao abandono do meu ser.
Deixar-me perder para não mais me encontrar. Cortar com as memórias que me prendem àquilo que sou, a uma vida que vivo e não é minha.
Tento esquecer, quero esquecer, que um dia andei por estas paragens...

Vencida

Despojei as minhas armas, já guerreira não sou...
Perdidas foram as batalhas de sonhos pelos quais empunhei com bravura a espada.
Agora, derrotada pelo cansaço deixo-me vencer, entregando-me àquela que recolhe as almas nos campos de batalha...

Durante mil luas e mil sóis sonhei vencê-las...

Abandono

Amar-te foi ilusão, esperança enlouquecida e vã de um coração que tudo faz por bater, por bater para não parar... Mas porque não deixa-lo parar?
Já cansado e dominado pela loucura, anda perdido.
Bate, bate até já não poderes mais. Onde caires aí te deixarei ficar mas o certo, é que bateste...


Abandono, Oswaldo Goeldi

terça-feira, 17 de julho de 2007

I Have Forgiven Jesus



...Why did you give me so much love in a loveless world...
Morrisey

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Re-Sentir


Amar-te é sentir emergir a força da terra em qualquer ponto...
é sentir o palpitar da vida em cada planta, em cada pedra, em cada brisa que nos acaricia o rosto, em cada olhar...
é sentir com extrema intensidade todos os promenores.
Amar-te, é regressar à vida...

quarta-feira, 11 de julho de 2007


Fim


Quem deixa de sentir, deixa de pensar...
Fica adormecido...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Sem título

Morrer, é olhar infinitamente para o eterno nada,
Que é vazio,
liberdade,
inexistência consciente...





Ofélia, John Everett Millais

Desencontros


Preciso de alguém que olhe por mim enquanto durmo, me proteja dos meus sonhos...

e Tu, que nunca te lembras dos teus sonhos... Olhos de Cão Azul

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sleeping Sun

...I'd sail before a thousand moons
Never finding where to go...
Nightwish

sábado, 7 de julho de 2007

Presságio




Pássaros de asas azuis trazem-nos, do Universo, uma mensagem de morte.
As outras cores já não existem e, agora, penas azuis caem em catadupas como gotas de chuva em noites de furiosas tempestades.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Vermelho sobre Azul...




A vida está gasta!
O peso dos dias torna-se cada vez mais insuportável.
Cada hora que passa, em cada dia, é mais um suplício de despojos de sangue.
Lápides em cinzentos jardins chamam por nós...